Após anos de desavenças, vocalista reconhece importância da ex-baixista para o sucesso da banda
Em meio às celebrações dos 30 anos do álbum “Mellon Collie and the Infinite Sadness”, Billy Corgan surpreendeu ao tecer elogios à ex-baixista D’Arcy Wretzky durante um vídeo recente em seu Substack. O reconhecimento chama atenção especialmente após anos de relação conturbada entre os dois músicos.
Apesar dos atritos públicos ocorridos nos últimos anos, Corgan não hesitou em destacar a importância de Wretzky para o Smashing Pumpkins. “Não costumo falar sobre a contribuição de D’arcy, porque obviamente o que aconteceu há alguns anos não deixou nenhum de nós em boa situação. Mas já disse antes e não tenho problemas em repetir”, afirmou o vocalista.
O líder da banda ressaltou principalmente a capacidade crítica da baixista: “D’arcy tinha um jeito de deixar claro o que ela pensava sobre o que estava movendo a banda para frente, lateralmente ou para trás. E provavelmente, entre nós quatro, a opinião dela sobre esses tipos de coisas tinha mais peso.”
Corgan continuou seu elogio enfatizando o papel fundamental de Wretzky no aspecto emocional e espiritual da banda. “Sua contribuição teve muito a ver com o sucesso do grupo. Nunca tiraria isso dela, porque eu realmente respeitava sua opinião musical.”
O relacionamento entre os músicos, no entanto, sempre foi complexo. “Conseguíamos discordar sobre tudo, mas quando nos alinhávamos musicalmente, era poderoso”, revelou o vocalista. Ele também lamentou a brevidade dessa parceria: “É uma pena que não tenha havido mais disso. Certamente tentamos novamente em ’99 [no álbum Machina]. Mas acho que na vida de um músico, nada é verdadeiramente linear.”
Vale lembrar que D’Arcy Wretzky foi a segunda integrante original a deixar o Smashing Pumpkins, em 1999, após a saída temporária do baterista Jimmy Chamberlin. Quando a banda se reuniu em 2018 com Corgan, Iha e Chamberlin, a baixista inicialmente demonstrou interesse, mas acabou não sendo incluída, o que gerou uma troca pública de farpas entre ela e Corgan.
Desde então, o Smashing Pumpkins teve diferentes soluções para o baixo. Em alguns álbuns, o próprio Corgan assumiu o instrumento, enquanto em outros, como “Oceania” (2012), Nicole Fiorentino ocupou essa posição. Já no álbum da reunião de 2018, “Shiny and Oh So Bright, Vol. 1”, foi James Iha quem tocou baixo após as negociações com Wretzky fracassarem.
Para o restante de 2025, Corgan tem sete apresentações agendadas com sua atual banda solo, revisitando “Mellon Collie and the Infinite Sadness” na Lyric Opera House de Chicago, entre 21 e 30 de novembro.



