Bruce Dickinson toca “Flash Of The Blade” pela primeira vez em show solo

Na última sexta-feira, 22 de agosto de 2025, o lendário Bruce Dickinson abriu a turnê The Mandrake Project Tour em grande estilo. O palco escolhido foi o House Of Blues, em Anaheim, Califórnia, e a noite entrou para a história não apenas pela energia do show, mas por um detalhe que fez os fãs pirarem: pela primeira vez em sua carreira solo, Dickinson tocou ao vivo “Flash Of The Blade”, clássico do Iron Maiden lançado em 1984 no álbum Powerslave.

O repertório da noite contou com 16 músicas — um verdadeiro mergulho no universo criativo do vocalista. Mas foi no instante em que ele preparou a plateia para o momento inédito que a atmosfera ganhou um peso quase ritualístico. Antes de disparar os primeiros acordes, Bruce declarou ao público:

“Ninguém jamais tocou essa música, exceto no disco, é claro, mas ninguém jamais tocou essa música. E é uma música que eu compus. Então, não sei se algum de vocês tem alguma ideia de qual música seja. Mas, como sempre, é um enigma. Não vou contar. Vocês terão que descobrir. Provavelmente não vai demorar muito. Vocês vão morrer como viveram em um flash da lâmina”.

Foi o suficiente para arrancar gritos, mãos erguidas e aquela sensação de que o tempo havia parado. E quando os riffs de “Flash Of The Blade” ecoaram, parecia que o próprio espírito dos anos 80 havia sido convocado de volta ao palco.

Um aceno ao passado, um passo ao futuro

O gesto de Dickinson não foi apenas um presente para os fãs mais fiéis — aqueles que devoram cada detalhe da discografia do Maiden. Foi também um sinal de que a The Mandrake Project Tour não é só uma excursão de divulgação, mas uma jornada que conecta memórias, mitos e a eterna chama do heavy metal.

“Flash Of The Blade”, escondida por décadas nos sulcos de Powerslave, renasceu sob as luzes modernas do House Of Blues, como uma lâmina esquecida que volta a brilhar. Uma metáfora perfeita para a própria carreira de Bruce: intensa, imprevisível e sempre pronta para cortar o silêncio com algo inesperado.

O impacto na comunidade metal

As redes sociais, claro, não demoraram a explodir. Vídeos e relatos tomaram conta do X (antigo Twitter), do Instagram e do YouTube, com fãs descrevendo a noite como “histórica”, “arrebatadora” e até “um sonho tornado realidade”. Muitos lembraram que nem mesmo o Iron Maiden havia se dado ao luxo de tocar a faixa em seus palcos.

E é exatamente esse tipo de ousadia que mantém Bruce Dickinson como uma figura tão magnética dentro e fora do Maiden. Com 66 anos de idade, o cantor mostra que ainda é capaz de reinventar sua própria narrativa — e, ao mesmo tempo, dar novos capítulos à mitologia do heavy metal.

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