Jim Simpson, o primeiro empresário do Black Sabbath, respondeu publicamente às críticas feitas por Sharon Osbourne em um recente episódio do podcast The Osbournes. No centro da controvérsia está a tentativa de Simpson de lançar demos gravadas pela banda em seus primeiros dias, quando ainda se chamavam Earth.
Em comunicado oficial, Simpson classificou as declarações de Sharon como “imprecisas e potencialmente difamatórias”. “É uma pena que Sharon tenha decidido atacar sem conversar sobre o assunto. É muito injusto da parte dela fazer comentários tão imprecisos”, afirmou o ex-empresário.
Entre as alegações contestadas está a questão da propriedade das gravações. Sharon questionou no podcast a capacidade financeira de Simpson na época, sugerindo que ele não teria os 500 libras necessários para pagar pelo estúdio naquele período.
Em resposta, Simpson esclareceu: “Naquela época, Earth era apenas uma das bandas que eu gerenciava. Durante aqueles anos, eu regularmente gravava e pagava por sessões de gravação com bandas que gerenciava ou tocava. Já tinha emplacado um single de sucesso com Locomotive e contratos com grandes gravadoras. Como Sharon pode saber o que eu podia pagar naquela época?”
O ex-empresário também contestou a acusação de ter ficado em silêncio sobre as gravações por anos, esperando o vencimento dos direitos autorais. A verdade é que quando o Black Sabbath rompeu meu contrato de gestão, me dediquei a redescobrir 35 músicos de blues americanos negligenciados, realizando turnês pela Europa e gravando-os”, explicou.
Outra alegação refutada por Simpson foi a de que ele pretendia ficar com todos os lucros. “Sharon está muito enganada. Eu queria que todos os membros da banda recebessem royalties do álbum da maneira habitual, e ainda estou mais que feliz por isso acontecer”, afirmou.
Ele também contestou a afirmação de que não planejava doar parte dos rendimentos para caridade: “Tenho correspondência com a St Basils, uma instituição para jovens sem-teto em Birmingham, datada de 21 de janeiro de 2025, que claramente afirma que se o Black Sabbath se recusar a aceitar royalties, os pagaremos a essa instituição.”
Quanto à caracterização de sua gravadora como “pequena”, Simpson defendeu a Big Bear Records como “a mais antiga gravadora independente do Reino Unido em operação desde 1968”, atualmente em parceria com a Trapeze Music & Entertainment Ltd.
Simpson também abordou seu papel nas finanças iniciais da banda. “Sob minha gestão, renomeamos Earth como Black Sabbath e eles se tornaram um dos maiores nomes do rock pesado, com turnês extensas e aparições em rádio e TV”, lembrou. “Fui empresário quando lançamos seu álbum de estreia ‘Black Sabbath’ em fevereiro de 1970 e o seguimos com o igualmente adorado ‘Paranoid’ em setembro de 1970.”
Apesar do desentendimento, Simpson mantém-se aberto a uma resolução: “Se eles quiserem fazer um acordo comigo para lançar este álbum, eu ficaria encantado em discutir isso.”
O material em questão, intitulado “Earth: The Legendary Lost Tapes”, contém gravações inéditas, incluindo covers de blues e faixas originais que Simpson considera “um segmento crucial da história da música”.
