Hayley Williams, vocalista do Paramore, fez um forte pronunciamento direcionado a fãs com comportamentos discriminatórios em uma recente entrevista à revista CLASH. A cantora deixou claro sua posição sobre quem é bem-vindo em seus shows, estabelecendo limites firmes contra atitudes preconceituosas.
Durante a conversa, que abordava seu terceiro álbum solo “Ego Death at a Bachelorette Party” (2025), Williams expressou gratidão por ter uma plataforma para discutir questões sociais e políticas. Foi nesse contexto que ela fez sua declaração contundente.
“É muito importante que as pessoas se sintam bem-vindas à festa. Sempre disse que todos são bem-vindos em nossos shows. Mas não quero racistas por perto, não quero pessoas sexistas e não quero pessoas que pensem que pessoas trans são um fardo. Essa é uma linha firme para mim agora”, afirmou Williams.
A artista acrescentou que espera que isso ocorra naturalmente, com pessoas que mantêm ideologias prejudiciais não se sentindo bem-vindas porque, ao entrarem no local, “vão perceber que a turma toda está lá, unida em torno de algo positivo.”
Na entrevista, Williams também falou sobre a música “True Believer”, que faz parte de seu novo álbum. A canção faz referência a Nashville, cidade onde a cantora passou seus anos de formação, e aborda questões como gentrificação, racismo e fundamentalismo religioso.
Um trecho da letra da música menciona: “Eles colocam cercas de arame sob as maiores pontes / Posam em cartões de Natal com armas tão grandes quanto seus filhos / Eles dizem que Jesus é o caminho, mas depois deram a ele um rosto branco / Para não terem que orar para alguém que consideram inferior a eles.”
Sobre essa composição, Williams comentou: “Eu queria escrever sobre isso há tanto tempo e nunca soube como. E você não pode forçar isso – aconteceu no momento em que deveria acontecer.” Ela acrescentou: “Olha, é incrível ter orgulho do Sul. É uma área linda não apenas do país, mas do mundo. É tão rica em cultura e significado, mas estamos focando na coisa errada.”
Williams também confirmou, em declaração ao The New York Times, que o “cantor country racista” mencionado na faixa-título de seu álbum é Morgan Wallen, que foi flagrado em vídeo usando uma ofensa racial alguns anos atrás. “Eu sempre estou falando sobre Morgan Wallen. Não me importo”, admitiu a vocalista.
